quinta-feira, 30 de abril de 2009

Contos - Surrealismo Popular Humoristico

Surerrefônica

Telefono a Surrefônica, e pelo sistema de reconhecimento de voz, sou direcionado ao atendimento mais do que especial em 1 segundo, e sou recebido:
-Bom dia! Gerislúndia falando! Como vai nosso cliente preferido?
-Vou muito bem!, estou muito feliz pelo seu atendimento caloroso!
-Que ótimo! O que deseja?
-Eu gostaria de cancelar o Surrepeedy.
-Hoje é seu dia de sorte, batemos o Record do ano em cancelamentos, e nenhuma reclamação!
-Que ótima é sua empresa!
-Nem me diga! Sou muito feliz por trabalhar aqui! O reconhecimento de nossos clientes me faz especial, além de ter um ótimo salário!
-Não me diga?
-Digo sim! Além disso, é uma empresa do país de touros que tem muita preucupação com os brasileiros.
-Que bom!
-É perfeito! Vou completar minha vida nesta empresa, que não é nem um pouco desoganizada com seus funcionários.
-A conversa esta boa, mas preciso cancelar meu Surrepeedy.
-Já cancelei, e mendei uma confirmação por correio e para o seu e-mail gratuito.
-Que gentileza!
-É o nosso termo de qualidade. Temos de conseguir a máxima empatia, enquanto trabalhamos, para que o cliente se sinta relaxado e surpreso com nosso atendimento.
-E que surpresa!
-E além disso, o problema é resolvido com um só atendente.
-Quero trabalhar na sua empresa, como faço?
-É só ir a um de nossos postos de atendimento, que será tão bem recebido quanto aqui. Que além de oferecer todos os serviços que oferecemos por telefone, é especialista em recrutar novos potenciais funcionários.
-Que ótimo.
-Sim.
-Muito obrigado senhorita Gerislúndia!
-Eu que agradeço.
-Bom trabalho!
-Idem.
-Adeus.
-Adeus



Willian Safra

domingo, 26 de abril de 2009

Contos - Surrealismo Popular humorístico

O Dia em que morri

Estava andando em um dia ensolarado com algumas nuvens esparsas, lembro ter lembrado que o dia estava mais limpo que o anterior. Andava pela cidade em uma feira ao ar livre em uma grande descida, e um prédio médio ao fundo sendo o topo metade de uma pirâmide, como uma grande rampa. Haviam muitas pessoas lá, algumas olhavam mercadorias outras conversavam entre si, e minha mãe estava em uma tenda vendo as mercadorias.

Descendo a grande rua percebo o céu em chamas, assustado corro subindo a rua, até que um grande estouro me deixa surdo, e me levanta para o ar, neste momento vejo chamas em todo meu corpo me atravessando com tal rapidez cuja ordem se resumia a um tempo ínfimo. O tempo parou, tudo parou,não ouvia nada, não falava nada só era invadido por um estado de contemplação com o pensamento até que senti um grande calor me envolvendo e uma grande trepidação que emanava paz e uma luz que invadia de tal forma a ser superior a mil sóis, este momento foi muito bom, estava em paz. Queria ficar ali para sempre até quando percebi que estava sonhando. Foi estranho, parecia que estava brigando comigo mesmo para não acordar, não queria acordar, queria viver lá pela eternidade. Até o momento a qual uma força muito intensa me faz acordar e percebo os que sentem a vida chegar através de suas lágrimas pelo seu início, os bebês.

Willian Safra

Contos - Surrealismo Popular humorístico

Um Dia muito real mas bem surreal.

Estava eu no ponto a espera de um ônibus, até que vejo no fundo da rua em contraste com a escuridão do poste quebrado o letreiro do ônibus, era "Circular 6", e o número do carro era 626, se não bastasse a incidências destes números malignos, subi no ônibus exatamente as 20:16 em 06/06/2006(Me lembro devido a um anúncio do filme em um jornal antes de eu entrar no ônibus). Fui de cara com o motorista, estava com o rosto fechado e alterado -parecia que estava possuído - me tratou como um servo a ser morto em uma mesa de sacrifícios ao cobrar a passagem. Passando pela catraca, meu pior pesadelo: Sozinho no ônibus!

Daí começaram os 20 minutos mais angustiantes de minha vida. Parecia que a coincidência do "6" alterou a mente do motorista criando o "demônio". Acelerou bruscamente enquanto estava a sentar, me jogando diretamente ao assento de forma a parecer estar grudado, disto ele me olha com seus olhares penetrantes pelo retrovisor, o qual parecia ser um touro enfurecido.

Foi assim a viagem inteira, correndo como um maluco. Parecia-me que estava vivenciando o jogo "Carmagedoon" como passageiro, até ele entrar na Avenida Ibirama de onde tive a certeza desta tese, na qual lá pela altura do hospital ao passar o sinal vermelho, ele me passa de raspão ao lado de uma mulher grávida, de onde disto me sai um grito interno em meio a ventania que entrava pelos vidros: - Socorrooooo! . Passando novamente pelo sinal vermelho na travessa da Avenida Ibirama com a Kizaemon Takeuti raspando em uma van, corre feito um maluco me deixando um ponto acima de onde iria descer.

Ele enfrentou o sinal de parar como um desafio! (Visto que durante a viagem inteira, ele não parava para nenhum passageira dando-me a entender que estava a me horrorizar) Encarou-me pelo espelho quando parou, e ao descer quando estava na metade da escada, ele dá um cavalo de pau e fecha a porta comigo lá no meio da escada! Pulei como um gato para a calçada me livrando desta carruagem infernal!

Olhei o relógio, e vi pasmo, eram 20:36.


Passado um dia, resolvo ligar para o "Disque-Denúncia" da Viação pirajussara, contando todos os detalhes. Disto me informam: - Não se preucupe, medidas serão tomadas a esse caso. Por mim, tudo bem...

Passado um mês, no primeiro dia de volta as aulas, volto ao ponto (Só que desta vez de manhã) e dou de cara com quem na chegada de meu ônibus? O Motorista demoníaco! E ele me reconheceu! Aí eu tive medo mesmo. XD

Acho que devido estar sozinho no ônibus, influenciou sua lembrança. XD Me tratou com raiva e de cara fechada, mas isto não importa, o que importa é que não estava sozinho no ônibus desta vez para ele fazer suas atrocidades. ^^
Podem acreditar, ou não, mas é um fato bem surreal que me ocorreu e nunca mais esqueci.



Willian Safra